Gangorra do sucesso

As duas novelas têm histórias diferentes, são de emissoras diferentes e são exibidas em horários diferentes. Mesmo assim, é difícil não comparar Malhação (Globo) com Rebelde (Record), dedicadas ao público jovem. 

Diferente também é a situação das duas em relação à audiência. Enquanto a novela global amarga baixas médias de Ibope, o folhetim estreante da Record tem sua segunda temporada confirmada para 2012.

Malhação cansou. O público jovem não a vê como uma novela que fala sobre a vida dele”, opina o pesquisador em televisão Rodolfo Bonventti. “Já o sucesso de Rebelde se dá por juntar histórias de pessoas de diferentes faixas etárias. Além dos jovens, há pais e mães que se veem na trama”, diz.

Para o ano que vem, a autora de Rebelde, Margareth Boury, promete “romances, ação e muita rebeldia”, ou seja, manter a fórmula que vem dando certo. “Fazemos um trabalho de grupo. Crio as cenas, o Ivan Zettel dirige, e os atores entram no maior gás. Tentei, junto com o Ivan, criar uma trama bem movimentada, com diálogos ágeis, comédia e romance”, diz Margareth.

Já Malhação segue em queda. Desde 2004, já perdeu 50% de sua audiência. Mesmo assim, não há planos de tirar a produção do ar, segundo a Globo. O que o público vem notando é uma mudança constante na trama, que começou cheia de mistérios e, agora, está mais voltada para o cotidiano. Em nota, a Central Globo de Comunicação afirma que são “ajustes naturais em início de temporada, com o objetivo de estimular a identificação do público com a história”.