quarta-feira, 13 de julho de 2011

Luciano Szafir, um pai exemplar


Enquanto Franco Albuquerque, de Rebelde, evita ao máximo a filha, Alice (Sophia Abrahão), seu intérprete, Luciano Szafir, tem os olhos brilhando quando o assunto é sua herdeira, Sasha Meneghel, fruto de seu relacionamento com a apresentadora Xuxa Meneghel.

Aos 42 anos, Luciano confessa que uma das maiores preocupações de sua vida é o bem-estar da filha. "Quando você tem um filho, você passa a ficar com um medo absurdo de que aconteça algo com ele. Acho que é isso que me tira mais o sono", confessa. Luciano faz questão de ser presente na vida de Sasha. Aliás, foi esse amor de pai que dificultou tanto a composição de Luciano para o arrogante Franco. "Sou muito carinhoso com a minha filha. Não consigo entender essa relação da Alice e do Franco. Ainda mais contracenar com a Sophia, que é um doce. É difícil brigar com ela", diz, aos risos.
Luciano Szafir e Sasha
Você ficou receoso em participar de Rebelde, já que a trama tem como foco o público jovem?

Não. A seriedade é a mesma para qualquer outro produto. É fazer a cena como se fosse a mais importante de sua vida. Acho que a novela não atinge só o público adolescente. Existem outros nichos. E, mesmo que não fosse assim, tem que encarar como qualquer outro produto e fazer com prazer.

E como é trabalhar com a turma de Rebelde? Tem alguma dificuldade?

Tem, sim (risos)! Você vai aprendendo a lidar com eles. É um universo que comecei a frequentar por causa da minha filha. Há abreviações e gírias, as quais você não entende nada. Penso que estou ficando velho. Fico perguntando o que significa (risos). Mas é uma delícia. Eles têm um ritmo muito gostoso de trabalho.

Na trama, o Franco não é um pai muito presente na vida de Alice...

Ele não sabe muito bem como lidar com a filha. A verdade é que ele não sabe lidar com esse universo feminino. Ele criou a Alice com certo distanciamento. Não sabe como se comportar com ela e fica perdido nessa relação. Acho que ele parte para o autoritarismo porque não sabe como agir. São poucos os momentos de carinho dos dois.

E como é a relação com a sua filha?

Sempre fui muito presente na vida de Sasha. Conheço todos os amigos dela. Tenho os telefones de todos no meu celular. Conheço os pais dos amigos. Temos uma relação muito boa. Já passei pela fase de não conseguir desgrudar, da fase que sou o mico, que ela pede que eu ande na frente. E, às vezes, você volta uma fase (risos). Eu a vejo todos os dias.


O que você elege como mais difícil nessa relação entre pai e filho?

O mais difícil é fazer com que eles entendam a nossa visão do mundo, e vice-versa. A experiência que você adquire ao longo da vida faz com que você perceba quando eles vão quebrar a cara. Você quer impedir, mas não tem como. A gente aprendeu assim. Nossos pais falavam para não fazer algo, mas a gente só aprendia fazendo. A maior preocupação é quando soltar ou deixar preso. O mundo de hoje é muito mais violento. Acho que você não pode soltar muito, mas não pode reprimir.

Você diz muito não para a Sasha?

É normal. Recebi muitos também. Você tenta fazer entender, mas, se não entender, é dizer não. Mas sempre converso muito com ela. Geralmente, essas situações estão ligadas à questão da segurança. Como disse, o mundo está muito violento. Não é o mesmo mundo de 20 anos atrás.

Você fala muito sobre essa questão da violência. Que situação pela qual passou foi mais traumatizante?

Tive arma na cabeça, acidente de carro... E olha que me cuido! Mas já passei por muitas situações, vi muita coisa ruim. E, quando se tem filho, você passa a ficar com um medo absurdo de que aconteça algo com ele. É isso que me tira o sono.

Você é um pai muito ciumento?

Nem tanto. Achei que fosse ser mais. Não tenho tanto ciúme. O futuro namorado... Seja o banguela ou o de olho roxo (risos), não ligo... A gente cria filho para o mundo. Não tem como evitar as decepções amorosas. Todos nós já tivemos. E é muito bom! Aquele friozinho na barriga do primeiro beijo não volta mais. Você vive aquilo uma única vez. Claro que, se pensar no filho, dá medo, mas foram tão gostosas essas etapas, que não tem como privar os filhos delas, não é?

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